Assim às 7h00 da matina com algum fresco resolvemos partir de Faro direitinhos à Bordeira!! Uf!!! Só de escrever cansa. Pensámos ir o mais a direito possível até à Fonte Felipe. Mas claro que com alcatrão ou sem alcatrão, Bordeira é Bordeira: inclinada e comprida. Mas lá carregámos no pedal e a uma velocidade estonteante (esta é para rir!!! ;)) lá subimos a Bordeira.
Depois disto, toca de seguir para a Amendoeira. Conhecem uma placa que diz Querença, Barranco do Velho... É isso mesmo!! É virar e subir mais, até que encontramos o caminho para a Amendoeira, ainda em alcatrão com a paisagem dos montes característicos da presença de calcários. Antes de chegarmos ao cruzamento da Amendoeira, viramos à direita para a Fonte Filipe.
Caminho em cimento, rodeado de vegetação bem verdejante embora a água nesta altura escasseie. Gente a trabalhar nas hortas das várzeas. Esperam-nos uma sucessão de descidas rápidas mas com umas subidinhas de usar a pedaleira pequena e às vezes, os sapatinhos... Surgem ainda as descidas com muita pedra "fora de sítio" e por isso, muito cuidadinho, um tralho pode estragar a volta.
Mais uma etapa vencida e chegam agora os estradões. Vamos rolando a bom ritmo mas sempre com fôlego para dois dedos de conversa, histórias de passeios de Bike, infância, enfim, o que aparece para conversar.
Eis que chegamos ao famoso singletrack da Ribeira do Algibre.
E aí começa o frenesim, capacete a bater nas canas, baixar para não encalhar com o pescoço nos ramos, atenção aos Barends que têm o péssimo habito de prender nos ramos e de nos fazerem cair, ziguezaguear entre calhaus e raízes que vão aparecendo. Enfim um pouco de adrenalina dando um enorme gozo fazer aqueles Kms!! Uma trabalhêra!!! Só com uma câmara de filmar dava para dar uma ideia mas não a tinhamos.
Um abastecimento em Paderne: água e comidinha. E aí vamos nós outra vez, desta vez direitos ao Castelo de Paderne.
A água aqui está em maior abundância, muito verde e bastante parada, não augura boa coisa. Mais singletracks, desta vez muito mais sinuosos, estreitos, de menor visibilidade, com a vegetação a ocupar o caminho, mais obstáculos, declives elevados, leitos de ribeira secos, cheios de pedra e intransponíveis, pelo menos em cima das bicicletas.
Chegamos a Boliqueime com 70 Kms nas pernas e uma paragem para mais um abastecimento. As pernas já não estão nas melhores condições, a sede aperta e a fome... A partir daqui terminou para nós o transalgibre, ir a Vilamoura não é nosso objectivo. Rumo a S. Lourenço, atravessar a estrada e fazer a Ecovia até Faro, mesmo que esta fique no caminho de um local de recolha de entulhos e que o piso esteja tão mau devido à passagem de grande quantidade de camiões, mas este assunto ficará para um próximo artigo. 90 Km feitos e a satisfação de uma manhã bem passada. Aqui fica o track de GPS para quem quiser dar a voltinha.
Aqui fica o perfil do percurso ;) para quem quiser saber o que o espera ;)!!!