domingo, 8 de novembro de 2009

Fonte Felipe ou volta Light!!!

Dezasseis candidatos a uma boa volta de Bike remexiam-se falando disto e daquilo, ali junto à loja do Ricardo Gamito, quando nos nossos mostradores das horas já se liam 08h10. Entretanto chegava o Miguel a quem damos sempre a primazia de ser o último a chegar (se for ao contrário não tem piada nenhuma). O dia prometia NNW com rajadas de 16 a 18 nós e fresquinho, aí uns 16º, e quem não se preveniu foi o Cesário, aquele que há-de sempre garantir trilhos de muita pedra, cascalho que baste, areia para uns afundanços e subidas que, acabadas, um sujeito até fica com febre, e ainda aquele que vos escreve, que devia apresentar vestuário de meia-estação (na verdade foi sempre o meu problema essa coisa de roupa de meia estação). Resumindo, pele de galinha para mim e para o Cesário. Na mente deste saltitava o lugar que nós já bem conhecemos: a Fonte Filipe. Mas acabou por carregar no pedal a dizer: «isto hoje vai ser uma volta de senhoras». Partimos a bom ritmo a rentabilizar a incontestada relação homem/bike pelos quase sempre, por associação, labirínticos caminhos por onde o nosso Guia nos leva. Na verdade “a volta” foi suficientemente homogénea na variação da altitude assim como uma espécie de “cantochão”. Para impor variação como uma “nota solta” o Daniel subia umas barreiras com a sua “aço carbono” o que agudizava a vontade de lançar uma graças, como: «o tipo tem pilhas de lítio», o que dá bem com aço carbono. Hoje tivemos uma estreia. O Manhita adoptou pedais de encaixe e, claro, nestas circunstâncias todos esperam pelo baptismo: aquela queda, que é inevitável, quando se pára. Ele queixou-se com adjectivos próprios, que não havia amigos para o amparar. Mas quem deve evitar as cicatrizes que tornam heróis os que se metem nestes pedais? O tempo acabou por ficar mais morno, mas ainda fresco o que tornou o trabalho cardíaco mais suave. Ao nosso redor uma natureza ainda à espera, morta por uma boa chuvada que lhe dê a vida porque anseia. Mas as surpresas não ficaram por aqui. A dada altura num trilho bem estreito o Cesário tomba sobre uma frondosa moita, o que costuma ser um bom sítio para se cair, melhor que uma pedras, e por isso o corpo se entrega à queda esperando da feminina moita pouco mais que um leve arranhão. Mas aconteceu o inesperado, pelos vistos a moita era hermafrodita, pois no fundo uma haste esperava a nádega do Cesário que não só lhe rompeu o calção como também o feriu. Daqui por diante recomenda-se mais cuidado com as moitas. As rajadas de vento fizeram-se sentir e já para o final com o vento por trás até parecíamos andorinhas em voo veloz e rasante, mas mal se mudava de quadrante mais parecia que tínhamos forte subida para fazer. A volta acabou no lugar do costume com mais ou menos 49Km feitos. Foi uma boa volta.
Vasco Vaz-Velho 08.11.2009



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