terça-feira, 24 de novembro de 2009

Roda de Tractor e Pata de Camelo!!!!

Nada mais nada menos que 13 BTT’tistas ali junto da loja do Gamito, eram 08h10, preparados para arrancar em pedalada que se visse e sentisse. Pelo andar ralo… mas rápido, bem nos quis parecer que a coisa ia ser de rolar até mais não. E assim foi. Pelo caminho, a oportunidade para cada um revelar as suas aptidões ou conceitos de andar de BTT, não se fez esperar. Tendo tomado a 125, voltámos à direita ali quase “à meia légua” ciclando as tão apetecíveis e bem transitáveis divisórias dos tanques das salinas.

Se antes tínhamos apanhado o bafo dos tanques de decantação dos esgotos, agora era o ar salino em bafo se “salsuja” que dominava o ambiente. Até que… aconteceu o que se não esperava. As rodas das Bikes começaram subitamente a ganhar uma “sola” que crescia a cada instante, a famosa roda de tractor. O Cesário meio comprometido olhava para trás e apanhava com as já costumeiras graças do Manhita, e constatava que ali, por aqueles lados, nunca tal acontecera. Mas a chuvinha da noite anterior levava toda a culpa.

É claro, que daí a nada, toda a comitiva ciclo transportada se desbaratava em medidas de limpeza. Uns com mais humor outros com menos, mas todos com umas solas com melhores bases - a célebre patinha de camelo. Como estávamos perto do cais novo de Olhão e por ali haviam umas poças de fina água, cuja descoberta se deveu ao Lino Máximo, conseguimos repor a situação num grau de limpeza aceitável para prosseguir viagem.

Passámos pela Fuzeta, fizemos uma tangente a Moncarapacho por WNW, andámos direitos ao Cerro do Cabeço onde a essa hora uma rapaziada amiga, descobria as entranhas do cerro com disciplina espeleologista, e voltámos para Este pelos trilhos já nossos conhecidos e sempre em bom andamento.

A certa altura bem naqueles trilhos de mato, uma bicicleta dupla com um alojamento para uma criança pequena atrás, transportava um casal e a sua pequena filhota. Porque conheciam alguns dos elementos do grupo resolveram acompanhar-nos. O Cesário, continuou no seu jeito de fazer caminho, e não é que eles seguiram connosco, sempre no grupo da frente, fazendo o que para mim seria impensável: veloz pedalada, trilhos estreitos e subidas e descidas pouco recomendáveis. A certa altura tiveram um furo. O grupo prosseguiu e eu levantei o braço saudando-os de viva voz: «obrigado pelo exemplo!».
Chegados ao termo da volta os ciclómetros marcavam 62 km e três horas e cinquenta minutos de pedalada efectiva. Boa fatia.

Vasco Vaz-Velho
22.11.09

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